Todos conhecemos muitas pessoas nascidas nas décadas de 60 e 70, jovens em abril de 74 que nos anos 80 e 90, encontraram uma sociedade com grande transversalidade de oportunidades.

A mediação imobiliária é cada vez mais um serviço a que a generalidade das pessoas estão a recorrer.

As medidas de apoio à habitação propostas pelo Governo têm sido revistas, dissecadas e questionadas, repetidamente, pela sociedade civil, pela academia, por especialistas, por associações ou pessoas com grande ligação à atividade imobiliária. Mas a grande pergunta que agora se coloca é a seguinte: será que essas observações e manifestações de opinião foram surpreendentes para o nosso Governo?

A manifestação "Casa Para Viver", que tivemos em Lisboa e em várias cidades no País no passado sábado, acolheu genericamente dois grupos de manifestantes. Por um lado, um grupo de pessoas que reivindica um modelo igualitário, despojado de bens materiais, mais amigo do ambiente, com mais qualidade de vida e bem-estar e ações concretas e radicais para responder aos desafios climáticos. Por outro lado, os jovens que ambicionam o direito às casas, à habitação, a melhores salários, um conjunto de direitos legítimos que devem ser assegurados para todos. E é sobre estes que quero refletir.

Não se tem verificado grande referência à influência do modo como está implementada a tributação de mais-valias imobiliárias.

Nos últimos anos, o setor imobiliário português tem sido palco de profundas transformações. Num cenário global marcado pela incerteza, o nosso mercado mantém-se resiliente e atrativo, com dados que demonstram um interesse crescente por parte de investidores estrangeiros. Curiosamente, França tem vindo a ocupar um lugar de destaque nesse panorama, sendo a questão do momento: será que o “Vive La France” está a destronar o tradicional “American Dream”?