92% das casas que se transacionam num ano em Portugal são usadas e quem as vende são maioritariamente (93,8% portugueses e 6.2% estrangeiros, segundo dados do INE de junho) os portugueses.

Ouvimos, este fim de semana, a responsável de uma força política fazer duas considerações sobre a habitação, entre as quais a de que é necessário baixar os preços das casas, e para que isso aconteça é necessário impedir os estrangeiros de comprar casa em Portugal. Esta mensagem provocou-me claramente uma sensação de medo.

“O crescimento populacional desde 2019 só tem sido possível graças à presença dos imigrantes”

O debate sobre a construção de um país mais moderno e eficiente é vital para o futuro de Portugal. As soluções propostas atualmente não estão totalmente direcionadas para os pontos mais críticos. E porquê?

Lisboa posicionou-se como uma das cidades mais interessantes para investir, em oitavo lugar e à frente de cidades como Frankfurt ou Barcelona, no estudo “Tendências Emergentes no Imobiliário” da consultora PwC e do Urban Land Institute (ULI). Apesar do lugar de destaque, o estudo alerta que o contexto de escassez de habitação pode pôr em causa o desempenho do País e que, relativamente à habitação acessível e à construção para arrendamento, Lisboa ainda fica atrás do que já se acontece noutras capitais da Europa.

Em Portugal, em setembro de 2024, no âmbito da atividade imobiliária, é muito importante que a generalidade das pessoas possa ter acesso a boa informação.